Ouro, sal e cobre sustentabilidade do comércio africano
Desenvolveram
relações comerciais entre a África ao sul do Saara e o Magreb. Os nômades,
senhores do deserto, foram muito beneficiados pelo comércio transaariano, pois
as caravanas levavam-lhes cereais e tecidos em troca de carne, sal e água.
Assim, os nômades e os povos sedentários complementavam-se. Os nômades, como os
Messufa, especializados no comércio transaariano, forneciam guias e mensageiros
para as caravanas.
As viagens de Ibn Battüta pela África oriental e ocidental
revela formas de comércio de diversas regiões africanas.
Segundo escritos e pesquisas referente a época o ouro das
regiões pré-florestais e florestais de Gana e da Nigéria - alimentava o
comércio setentrional daquela época, contudo, o sal era uma mercadoria
valiosíssima no período, possuindo um
papel preponderante no comércio transaariano, bem como no de outras regiões
africanas, grande parte da renda da coroa provinha da taxação do sal, e isso se
manteve no século XIV.
O sal-gema cortado em pedaços pequenos servia de brinde ou
dinheiro miúdo para os comerciantes itinerantes. Da mesma forma, as
nozes-de-cola provenientes da floresta serviam de moeda nos mercados das
aldeias.
O cobre também era artigo importante no comércio da África
ocidental e de outras partes do continente. Pesquisas de anos recentes começam
a revelar as formas mais antigas do comércio do cobre na África ocidental. A
possessão de uma mina de cobre no século XIV ainda tinha grande significado
econômico, o grande viajante Ibn Battuta informa-nos que o cobre era moldado em
barras grossas ou finas. As primeiras eram vendidas ao preço de 1 mithkãl de
ouro por 400 barras, e as segundas ao preço de 1 mithkãl por 600 ou 700 barras.
As barras de cobre eram utilizadas na região como moeda para a aquisição de
madeira, carne, sorgo, manteiga e trigo. Relato de viagem de Ibn Battüta, que
passou muitos meses em Niani, dá a impressão de que as cidades do Sahel e do
Saara eram organizadas para servir ao mesmo tempo de pontos de parada e de
centros comerciais. É o caso de Teghazza e de Takedda ("Tigida"),
principais centros comerciais do cobre
Ibn Battuta também diz
que o povo de Takedda não tinha "outra ocupação além do comércio",
mesmo o sal e o cobre ter um papel
importante entre as relações e intercâmbios das várias regiões africanas o
principal produto de comercialização dessa região era o ouro que sustentou
grandes e reis e Impérios nas regiões africanas.
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