segunda-feira, 15 de maio de 2017

Ouro, sal e cobre sustentabilidade do comércio africano

            Desenvolveram relações comerciais entre a África ao sul do Saara e o Magreb. Os nômades, senhores do deserto, foram muito beneficiados pelo comércio transaariano, pois as caravanas levavam-lhes cereais e tecidos em troca de carne, sal e água. Assim, os nômades e os povos sedentários complementavam-se. Os nômades, como os Messufa, especializados no comércio transaariano, forneciam guias e mensageiros para as caravanas.
As viagens de Ibn Battüta pela África oriental e ocidental revela formas de comércio de diversas regiões africanas.
Segundo escritos e pesquisas referente a época o ouro das regiões pré-florestais e florestais de Gana e da Nigéria - alimentava o comércio setentrional daquela época, contudo, o sal era uma mercadoria valiosíssima no período,  possuindo um papel preponderante no comércio transaariano, bem como no de outras regiões africanas, grande parte da renda da coroa provinha da taxação do sal, e isso se manteve no século XIV.
O sal-gema cortado em pedaços pequenos servia de brinde ou dinheiro miúdo para os comerciantes itinerantes. Da mesma forma, as nozes-de-cola provenientes da floresta serviam de moeda nos mercados das aldeias.

O cobre também era artigo importante no comércio da África ocidental e de outras partes do continente. Pesquisas de anos recentes começam a revelar as formas mais antigas do comércio do cobre na África ocidental. A possessão de uma mina de cobre no século XIV ainda tinha grande significado econômico, o grande viajante Ibn Battuta informa-nos que o cobre era moldado em barras grossas ou finas. As primeiras eram vendidas ao preço de 1 mithkãl de ouro por 400 barras, e as segundas ao preço de 1 mithkãl por 600 ou 700 barras. As barras de cobre eram utilizadas na região como moeda para a aquisição de madeira, carne, sorgo, manteiga e trigo. Relato de viagem de Ibn Battüta, que passou muitos meses em Niani, dá a impressão de que as cidades do Sahel e do Saara eram organizadas para servir ao mesmo tempo de pontos de parada e de centros comerciais. É o caso de Teghazza e de Takedda ("Tigida"), principais centros comerciais do cobre

 Ibn Battuta também diz que o povo de Takedda não tinha "outra ocupação além do comércio", mesmo o sal e o cobre ter  um papel importante entre as relações e intercâmbios das várias regiões africanas o principal produto de comercialização dessa região era o ouro que sustentou grandes e reis e Impérios nas regiões africanas.

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