domingo, 28 de maio de 2017

Primeiro modo de produção escravista da história.

                        PRIMEIRO MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA DA HISTÓRIA
A escravidão na África seria tão Antiga quanto às registradas na Mesopotâmia, sendo inclusive, o próprio continente africano produtor de grande parte da mão de obra. A escravidão mudou de forma, alguns historiadores comentam que no início apenas as mulheres e as crianças era utilizadas como escravas. Após a guerra entre as tribos os homens eram mortos, suas esposas e filhos para não ficarem desamparados seguiam os vencedores, passando a trabalhar para eles, ganhando desta forma um local para ficar, ao passar dos séculos, as tribos foram percebendo que essa mão de obra, poderia em parte, servir para trabalhos diversos, compensando os trabalhadores que foram perdidos nas guerras.

O primeiro sistema escravista da história vai surgir no século VII, a partir da invasão islâmica em território africano. O escarvo negro já era utilizado há alguns séculos pelo velho mundo, nos próprios territórios árabes o escravo negro era chamado de ZANJ, que significa escravo negro da região da África oriental, mas que com o passar dos tempos generalizou para todo o escravo negro. Quanto os mulçumanos invadiram o Egito, eles procuravam apoderar-se desse comércio Transaariano, criando segundo o historiador Dr. Paulo de Moraes Faria, com a implantação do Camelo no século II pelos povos Berberes, foi possível manter uma relação entre os habitantes da África do norte e a África subsaariana, porém esse comércio não foi pautado apenas em produtos, mas em escravos, segundo Alberto da Costa e Silva, os grandes reinos africanos: Gana, Mali, Songai e outra forma formandos justamente para defender-se dos ataques dos berberes, que buscavam na região do Sael escravos para serem vendidos para outros povos.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Modo de produção escravista

O

 modo de produção escravista
 surgiu na Roma Antiga, e posteriormente, com sua dominação e assimilação por Roma, foi o modo de produção praticado por todo o Império Romano.

Na Grécia Antiga havia a separação das Cidades; já que a Grécia tem um terreno muito recortado, cheio de montanhas e ilhas, isso dificultava a comunicação pelas mesmas. Assim, as cidades-Estado mantinham a mesma cultura, religião e língua, só não havia um governo que dominasse toda a população. Nas cidades-Estado, havia a sua separação por genos, onde um homem era proclamado como parte da familias e organizava toda a população que ali vivia. Com o aumento das populações nos genos e o surgimento da propriedade privada, os parentes mais próximos dos chefes dos genos ficaram com as melhores terras, ficando com as piores terras os marginalizados as épocas mais afastados.
Com a diminuiçao das famílias nobres, eram necessários mais terras e mais gente para trabalhar no cultivo dessas terras. Esse problema era resolvido com guerras de conquista: guerreava-se com povos vizinhos e os escravizavam. Esses escravos eram propriedades do Estado e eram cedidos aos nobres para o trabalho em suas terras. Um cidadão não-estrangeiro também poderia se tornar escravo de alguém, se adquirisse dessa pessoa uma dívida da qual não pudesse pagar.
Assim, o trabalho passou a ser uma exclusividade dos escravos e dos pequenos camponeses. Então, fica evidente a importância que o trabalho escravo tinha para esses povos, já que ele se tornou a base de suas economias. Para se ter uma ideia dessa importância, basta ressaltar que Atenas chegou ao ponto de ter 20.000 cidadãos, 10.000 metecos (como eram chamados os estrangeiros) e 400.000 escravos, uma média de 20 escravos por cidadão[1] (levando-se em conta que só eram considerados cidadãos os homens adultos livres).

Sistema Escravista Moderno

Enquanto tiver babacas escravos comprando o ultimo modelo daquele celular, daquele carro que só trocou a lanterna,daquele ultimo tênis que usa mão de obra escrava pra ser produzido, ultimo video game com preço de ouro,pagar planinho de celular pra andar na rua o tempo todo anestesiado trocando mensagens idiotas inuteis, ser roubado nos créditos que ele carrega pra telefonar, pagar estacionamento pra poder gastar dentro shopping achando normal,comendo fast food cheio de veneno, achar que quando um grupo está reivindicando seus direitos, eles são baderneiros atrapalhando o transito e vc está correto sendo escravo conformado; então todos nós continuaremos nesta escravidão enriquecendo grupos de banqueiros e grandes corporações que nos domina.O pior de tudo é que quem lê um desabafo aqui são os que estão inconformados com o estado das coisas;enquanto que os anestesiados continuam curtindo por aí pagando de otário. Acordemos!

Muito mais submissos e alienados que os de outros tempos quando ainda se revoltavam e precisavam ser mantidos sob grilhões. Os modernos agem como verdadeiros zumbis que não se dão conta de sua condição e caminham apáticos em direção ao próprio abate absortos em um ideal de felicidade ilusório que só os faz eternamente insatisfeitos e mantenedores do ciclo que nos fada à degradação. 

Estão abatendo curdos numa velocidade incrível porque eles não se submetem. São indomáveis a ponto de dormirem com fuzil nas mãos. Somos escravos das coisas que acreditamos. As alimentamos e ao mesmo tempo nos nutrimos com elas. Até que um dia percebemos o mal que nos fazem por nunca terem sido verdadeiras. Quando isto acontece podemos nos considerar livres. Até criarmos outras crenças que vão enganando nossa existência sedenta de motivos ou significados.

Este documentário mostra bem essa realidade:



https://www.youtube.com/watch?v=B7hSxm67...

Islã, religião e cultura na África.

Depois do Oriente Médio, do subcontinente indiano e do sudeste asiático, a África se constitui numa quarta região que, apesar de menos importante no passado muçulmano, vem adquirindo cada vez mais relevância no contexto do chamado mundo islâmico. O número de muçulmanos na África é na atualidade estimado em mais de 300 milhões, cerca de 27% do total dos seguidores da religião criada pelo profeta Maomé. 

A islamização no continente africano se difundiu muito mais pelo comércio e pela migração do que por conquista militar. A expansão do islã na África seguiu três direções: do noroeste do continente (região do Magreb), ela avançou pelo Saara e alcançou a África Ocidental. A segunda direção foi aquela que, partindo do baixo para o alto vale do Nilo, chegou ao nordeste da África (península da Somália e arredores). Por fim, comerciantes originários da porção sul-sudoeste da Península Arábica e imigrantes do subcontinente indiano, criaram assentamentos no litoral do Índico e, dali, difundiram a presença muçulmana para o interior. 

O islamismo fez sua entrada no continente a partir da África do Norte, do Egito ao Marrocos, sendo uma das primeiras regiões a ser conquistadas pela expansão inicial árabe-islâmica (séculos VII e VIII). Dos séculos X a XVI, mercadores muçulmanos contribuíram para o surgimento de importantes reinos na África Ocidental, que floresceram graças ao comércio feito por caravanas que, atravessando o Saara, punham em contato o mundo mediterrâneo ao das estepes e savanas do Sudão Ocidental e África centro-ocidental. A conversão de certos monarcas africanos fez não só o islã avançar como criou uma florescente cultura. Assim, cidade de Tumbuktu (no atual Máli) era, no século XIV, um núcleo urbano conhecido pelo alto nível de suas escolas islâmicas, que atraíam muçulmanos de várias partes do mundo. 

Na porção oriental do continente, comerciantes árabes conseguiram se fixar junto ao litoral do Índico, levando a gradual conversão de grupos africanos que viviam em áreas da atual Eritréia e do leste da Etiópia. Todavia, os reinos cristãos do alto vale do Nilo conseguiram bloquear por séculos o avanço muçulmano, como foi o caso dos grupos etíopes, ocupantes dos altos planaltos da Etiópia. Nos séculos seguintes, a cultura árabe-muçulmana influenciaria grupos bantos que estavam em processo de expansão para a África oriental e meridional. 

Paralelamente, comerciantes árabes cruzaram o Oceano Índico e criaram, do Chifre da África ao atual Moçambique, um conjunto de importantes cidades-Estado e fortalezas, junto ao litoral e nas ilhas, cujo comércio de ouro se manteve até o início da presença portuguesa no século XVI. Às vésperas do início da colonização européia, o islã se constituía na principal presença "importada" no continente, presença esta que já estava fortemente integrada às sociedades africanas. 

A evolução do colonialismo nas regiões da África muçulmana, gerou uma situação paradoxal: ao mesmo tempo em que os muçulmanos perdiam poder político, o islamismo teve um crescimento sem precedentes. Tribos inteiras se converteram. Isso ocorreu no contexto das rápidas transformações socioeconômicas engendradas pela colonização. 

A urbanização e o enfraquecimento das tradições familiares e sociais, bases fundamentais das culturas africanas, geraram um ambiente conturbado que beneficiou o islã, religião que combina o universalismo de sua mensagem com uma ideologia de clara oposição ao Ocidente imperialista. Aliás, é essa combinação que explica, em grande medida, a condição do islamismo ser, na atualidade, a religião com o maior ritmo de crescimento em todo o mundo.

Rotas de comércio na África antiga

Na Baixa Idade Média (séculos XI a XV), além do comércio local, desenvolveram-se também grandes rotas de comércio internacional, destacando-se: 
- rota comercial do norte: realizada através do mar do Norte e do mar Báltico, o comércio era dominado pela Liga Hanseática, uma associação de comerciantes alemães. 
- rota comercial do sul: realizada através do mar Mediterrâneo, unindo portos do sul da Europa aos do norte da África, destacando o comércio entre os mercadores italianos (Gênova e Veneza) e os árabes. 
Interligando essas duas grandes rotas marítimas, havia uma extensa rede de vias terrestres e nos principais cruzamentos desses caminhos foram sendo organizadas grandes feiras comerciais e criadas várias cidades. 
A expansão do comércio impulsionou o aumento da produção artesanal, levando os artesãos a se organizarem em Corporações de ofício, ou seja, uma associação de artesãos que exerciam um mesmo ofício num burgo (cidade). O objetivo principal era proteger os interesses profissionais e limitar a concorrência (prejudicava as atividades de quem não pertencesse às corporações). Além disso, dirigiam o ensino artesanal e controlavam os preços, o fornecimento e a qualidade dos produtos vendidos.

quarta-feira, 17 de maio de 2017


Ao fundar o islamismo, Maomé ajudou a fundar e moldar uma nova sociedade, com crenças e costumes que serviriam para unir povos de diferentes origens. Tendo suas origens na Arábia, onde viveu e pregou o Profeta Maomé, o islamismo está intimamente relacionado à cultura árabe. O Corão ou Alcorão - livro sagrado dos muçulmanos, supostamente revelado por Deus ao seu profeta Maomé - está escrito em árabe.
Maomé e os primeiros califas eram líderes políticos e religiosos e usavam o Alcorão como guia em todas as áreas da vida humana. Todas as obrigações de um muçulmano estão estabelecidas pela lei islâmica - a xariá, que indica o caminho correto para a conduta humana estabelecido por Deus. Esta lei sagrada tem as bases principais descritas no Alcorão, que contém instruções fixas e rígidas sobre o governo, a sociedade, a atividade econômica, o casamento, o status da mulher, etc.  Após a morte do profeta foi organizada a sunna, a lei oral do Islã, que estabelece as bases da tradição e jurisprudência da nova sociedade islâmica.
A presença árabe na África - diz Jacques Baulin (7 - é uma realidade que não se pode negar. Mestiços ou puros, há árabes que vivem ao Sul do Saara e sua língua é falada em alguns Estados no grau de língua nacional ou oficial e sua religião conta com milhares de adeptos. A grande vantagem que a cultura e a língua árabes representaram para a Africa Negra foi, sem dúvida, a de transmitir um sistema de escrita. Mansa Mussa foi o rei que incentivou a cultura, o ensino e a expansão do Islã


terça-feira, 16 de maio de 2017

Apesar da grande penetração do Islã por quase toda África, o Islamismo não seguiu completamente as práticas sociais ditadas pelo Islã. A experiência africana incluiu uma grande variedade de islamismos, produzidos pela iniciativa específica de contextos particulares. Essa diversidade foi evidente na época que o Islã foi introduzido.
A conquista árabe no norte da África encorajou a conversão ao islamismo, a adoção da língua árabe e a identidade, ao passo que no sul do Saara, os mercadores islâmicos difundiram a fé através de meios pacíficos e a maioria dos convertidos manteve suas línguas e costumes.
Depois de uma fase de introdução pacifica, a expansão da fé islâmica se consolidou com as guerras e a dominação de regiões e povos. Em períodos posteriores o proselitismo místico e o sucesso dos movimentos reformistas levaram a novos padrões para algumas localidades. A resposta ao desafio da dominação colonialista europeia também variou entre os islâmicos.
A influência do Islamismo é perceptível atualmente por todo continente. Na arquitetura, na literatura, na culinária, no comércio e principalmente nas rígidas leis da religião, por vezes causando polêmicas em todo mundo, como algumas questões que envolvem as mulheres, por exemplo.
No cotidiano a oralidade, já exercitada pelos africanos bem antes da chegada de outros povos no continente, chama atenção, pois ainda uma grande parcela não domina a escrita sagrada do Alcorão, o Árabe, e recita o que aprendeu com muita propriedade, nos seus atos diários de fé.

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O islamismo no continente africano

O islamismo no continente africano
Depois do Oriente Médio, do subcontinente indiano e do sudeste asiático, a África se constitui numa quarta região que apesar de menos importante no passado muçulmano, vem adquirindo cada vez mais relevância no contexto do chamado mundo islâmica.
O número do muçulmano na África é estimado na atualidade em mais de 300 milhões, cerca de 27% do total dos seguidores da religião criada pelo profeta Maomé.
A islamização no continente africano se difundiu muito mais pelo comércio e pela migração do que por conquista militar. A expansão do islã na África seguiu três direções que foram: do noroeste do continente região do Magreb, que avançou pelo Saara e alcançou a África Ocidental. A segunda direção foi aquela que, partindo do baixo para o alto vale do Nilo, chegou ao nordeste da África península da Somália e lugares mais próximos. Por fim, comerciantes procedentes da porção sul-sudoeste da Península Arábica e imigrantes do subcontinente indiano, criaram assentamentos no litoral do Índico e, dali espalhou-se a presença muçulmana para o interior.

O islamismo fez sua entrada no continente a partir da África do Norte, do Egito ao Marrocos, sendo uma das primeiras regiões a ser conquistadas pela expansão inicial árabe-islâmica nos séculos VII e VIII. 

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Ouro, sal e cobre sustentabilidade do comércio africano

            Desenvolveram relações comerciais entre a África ao sul do Saara e o Magreb. Os nômades, senhores do deserto, foram muito beneficiados pelo comércio transaariano, pois as caravanas levavam-lhes cereais e tecidos em troca de carne, sal e água. Assim, os nômades e os povos sedentários complementavam-se. Os nômades, como os Messufa, especializados no comércio transaariano, forneciam guias e mensageiros para as caravanas.
As viagens de Ibn Battüta pela África oriental e ocidental revela formas de comércio de diversas regiões africanas.
Segundo escritos e pesquisas referente a época o ouro das regiões pré-florestais e florestais de Gana e da Nigéria - alimentava o comércio setentrional daquela época, contudo, o sal era uma mercadoria valiosíssima no período,  possuindo um papel preponderante no comércio transaariano, bem como no de outras regiões africanas, grande parte da renda da coroa provinha da taxação do sal, e isso se manteve no século XIV.
O sal-gema cortado em pedaços pequenos servia de brinde ou dinheiro miúdo para os comerciantes itinerantes. Da mesma forma, as nozes-de-cola provenientes da floresta serviam de moeda nos mercados das aldeias.

O cobre também era artigo importante no comércio da África ocidental e de outras partes do continente. Pesquisas de anos recentes começam a revelar as formas mais antigas do comércio do cobre na África ocidental. A possessão de uma mina de cobre no século XIV ainda tinha grande significado econômico, o grande viajante Ibn Battuta informa-nos que o cobre era moldado em barras grossas ou finas. As primeiras eram vendidas ao preço de 1 mithkãl de ouro por 400 barras, e as segundas ao preço de 1 mithkãl por 600 ou 700 barras. As barras de cobre eram utilizadas na região como moeda para a aquisição de madeira, carne, sorgo, manteiga e trigo. Relato de viagem de Ibn Battüta, que passou muitos meses em Niani, dá a impressão de que as cidades do Sahel e do Saara eram organizadas para servir ao mesmo tempo de pontos de parada e de centros comerciais. É o caso de Teghazza e de Takedda ("Tigida"), principais centros comerciais do cobre

 Ibn Battuta também diz que o povo de Takedda não tinha "outra ocupação além do comércio", mesmo o sal e o cobre ter  um papel importante entre as relações e intercâmbios das várias regiões africanas o principal produto de comercialização dessa região era o ouro que sustentou grandes e reis e Impérios nas regiões africanas.

domingo, 14 de maio de 2017

O Comércio do Sal

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Comércio do sal Produto indispensável para os animais e seres humanos, o sal é uma mercadoria valiosa em muitas regiões da África já que o território africano é pobre desse mineral. O comércio do sal teve um importante papel na história africana, movimentou economias, fundou cidades, enriqueceu reis e provocou guerras entre nações. O mais importante centro de mineração de sal foi Taghaza, localizada no norte do atual Mali, em uma região desértica. Ali trabalhavam milhares de escravos extraindo sal para abastecer as caravanas. Ainda hoje, o sal continua sendo extraído de suas minas. O sal era transportado no lombo de camelos e descarregado em Tombuctu onde passava para embarcações que subiam o rio Níger até Djené. Ali era trocado por ouro e levado à cabeça por escravos e distribuído pela savana chegando até as florestas.
Comércio de ouro 
Até pelo menos o século XVI, o Sahel foi o maior produtor de ouro do mundo. Os depósitos eram abundantes em Bambuk e Buré, no vale dos rios Senegal e Níger, no oeste da África. A localização das minas foi mantida em rigoroso segredo pelos mineradores e os comerciantes que com eles tinham contato. 
A forma de extração do ouro é a mesma até hoje: “Passada as cheias, cavavam-se poços quadrados, de uns 75 cm de lado, que raramente iam abaixo dos vinte metros, sendo frequentes as perfurações de apenas dois metros de profundidade. À medida que os poços desciam, suas paredes iam sendo reforçadas com vigas de madeira (…). Cavavam túneis horizontais em várias direções e uniam assim os poços entre si. 
Mandavam em cabaças o minério para a superfície e este era catado pelas mulheres, ao entardecer”. (Costa e Silva: 2006, p. 287) Nos centros comerciais, os mercadores deviam pagar um dinar em ouro (cerca de 4g) ao entrar em seus territórios, e dois, à saída. Todas as taxas eram pagas em ouro. O sal, produto valioso no comércio africano, também era trocado por ouro. O ouro de Bambuk e Buré enriqueceu Gana, o primeiro grande reino do Sahel que ficou conhecido como “o país do ouro”. 

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O Saara não foi uma barreira intransponível para os povos africanos. Desde 4000 a.C., os egípcios usavam uma rota que ligava o vale do Nilo ao porto de Elim, no Mar Vermelho onde adquiriam produtos como incenso e lápis-lázuli vindos da Arábia e da Ásia. Outra rota, mais distante, ligava o Egito ao rio Níger, em um percurso de 3,5 mil quilômetros cortando o deserto de leste a oeste, de onde vinha a goma-arábica usada na mumificação. 

Com a introdução do camelo, a partir do séc. III d.C., as rotas transaarianas ganharam impulso atingindo grande dinamismo entre os séculos VII e XI. Os tuaregues, grupo berbere do norte da África, passaram a criar camelos e a vendê-los como animais de carga, além de usá-los no comércio transaariano. Do Mediterrâneo ao Sael 

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